sábado, 13 de maio de 2006

Viagem Insólita - parte 1

Umas nove e meia da noite, meio de semana (um dia neutro qualquer...), sabe aquela parada de ônibus perto da entrada para o Pq. Vitória, ali na av. São Luís Rei de França? (referência geográfica by Humberto - http://www.situacoes.net/). Era cedo para os padrões normais de uma capital litorânea do Brasil, mas para quem estava de ônibus e pensava em pegar 2 para chegar em casa mais cedo, nem tanto. Ao sair da casa da minha namorada sempre tenho que passar em frente a um cemitério para chegar na parada, nunca havia reparado, mas o vento sopra mais frio perto dos cemitérios. Nesse dia inespecífico, me senti como se estivesse acompanhado, o que pode ser considerado normal no meu caso (já que o medo é meu companheiro freqüente...), mas era algo estranho e me gerou um certo arrepio na espinha dorsal. Acelerei o passo e mudei de lado da rua para não passar perto da entrada do cemitério, me senti aliviado por ter conseguido não olhar para dentro (coisa que sempre faço, não tem jeito...) e por já estar chegando ao posto de gasolina da avenida. Estava caindo uma chuva fina, o que aumentou a minha intenção de pegar 2 ônibus (um até o retorno da cohab e outro até o hospital S. Domingos). Depois de verificar que "já" eram 9 e 30, disse para mim mesmo que pegaria o primeiro ônibus que passasse. Após dois malditos motoristas terem decidido não parar para mim, mesmo após intensa gesticulação de minha parte, aquela visão que hoje classifico como tenebrosa apareceu. Imagine um ônibus velho...tente de novo, você ainda não está lá...o ônibus era muito velho, mas a chuva estava mais incômoda e apesar dele estar com as luzes internas meio apagadas de um lado, fiz sinal para ele. O ônibus era da linha Pirâmide, e internamente brinquei pensando 'Tomara que não encontre nenhuma múmia lá dentro'. O ônibus parou fora do ponto o que me fez ter que correr para fugir da chuva que insistia em cair. Entrei correndo e o motorista arrancou imediatamente. A cobradora não estava na sua cadeira e havia uma poça de sangue no corredor do ônibus. O motorista grunhiu para mim, se quiser pagar pode pagar, mas pula a catraca. A cobradora estava conversando com uns outros passageiros mais para o fundo daquele escuro ônibus. Já estava achando que devia ter ficado na chuva, mas era tarde.

2 comentários:

Anônimo disse...

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Anônimo disse...

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