terça-feira, 20 de agosto de 2013

Ilha de Siris

Um lugar que eu sempre vou...



"A questão é que eu fui crescendo e envelhecendo e percebendo porque não se deve confiar em pessoas com mais de 30 anos. É que elas apodrecem, sabe. É uma espécie de prazo de validade da inocência. Crianças são fofinhas, adolescentes são babacas, lá pelos 20 vão ficando escrotos, com 30 anos pronto, fodeu, estão todos contaminados, podres, mentalmente doentes. A tomada de consciência da própria finitude, a deterioração do próprio corpo, seja o que for. Algo nos apodrece. A todos, nem adianta dizer "eu não". Você também. É, você também.

Ok, e agora, que já tenho beeeeeeeeeeeeeem mais do que 30 sei que estou podraça, não precisam me avisar hahaha.

Well."

Talvez eu esteja depressivo ou sei lá, mas isso me tocou.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Um cara de sorte

Um Cara de Sorte

Detonautas

Hoje eu acordei com uma vontade enorme de sair e andar sem direção
Sem destino e sem medo da morte
Simplesmente andar e ouvir o que dirá meu coração
Eu sempre fui um cara de sorte
E tudo que eu conquistei, foi com o suor do meu trabalho
Eu nunca desisti, não me curvei, não me entreguei, não me deixei levar
E essa corrente que prende pelos pés, eu arrebentei com os dentes
Não me entreguei
Eu vim lutar
Não vou deixar que alguém
Conquiste o impossível por mim, ahhh eu não vou deixar que alguém
Conquiste o impossível por mim, eu não vou deixar
Hoje eu acordei com uma vontade enorme de olhar no fundo dos seus olhos
E te pedir perdão
Por tudo que eu falei sobre o amor, sobre nós dois ou sobre o mundo
Às vezes eu perco a razão
É que eu não reparei quando você me protegia em silêncio
E eu não soube expressar o meu carinho o meu amor em palavras de novela
Mas quando a gente cresce, a gente aprende a dar valor a quem está perto
Eu vim dizer
Que eu voltei
Pro meu lugar
Não vou deixar que alguém
Conquiste o impossível por mim, eu não vou deixar que alguém
Conquiste o impossível por mim, ah eu não vou deixar que alguém
Conquiste o impossível por mim, ah eu não vou deixar que alguém...

domingo, 18 de agosto de 2013

Das necessidades do ser humano

Das necessidades do ser humano, talvez a mais irritante seja aquela que provoca mais brigas ao redor do planeta.



Por que cargas d'água as pessoas querem que todos sejam iguais? Que todos concordem sobre tudo? Caramba, as opiniões não podem ser divergentes?

A pessoa emite uma opinião.

A outra vai lá e discorda, argumenta, coloca o ponto de vista e ainda acrescenta - mas isso não quer dizer que você tenha que concordar comigo.

A outra aparece com mil pedras na mão dizendo que houve falta de educação e o escambau!

ASF...

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Quero um...

Que dor...!!!


E a coragem?

E a coragem de arriscar? De tentar? De sair pra ver um admirável mundo novo?

De onde vem esse prazer mórbido pela fixação, pela estagnação, pela desorientação?

Rumar para novos espaços seria uma tendência biológica fortíssima. Em busca de novos recursos, novos nichos, menos competição. Será?


quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Planejamento

Eu acho que estratégia não deveria ter hora e nem lugar. Toda hora e qualquer lugar serve. Sem o planejamento estratégico quem sobrevive?

- Ah Will, mas eu nem tenho um Forecast, vou planejar o quê?

Cara, você pode ao menos planejar as prioridades. Cara, se o seu negócio é produzir picolé, priorize produzir picolé, não caia naquela balela de diversificação.

Diversificação é bom, se o seu core business está bem definido e estabelecido, se nem o core está ok você vai diversificar o quê, fraquezas?

É por isso que eu acho que o planejamento tem que ser obrigatório. Pena que alguns negligenciem isso descaradamente.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Pescaria de lembranças

Sabe, naquele dia saímos só nós dois. Você carregava um monte de coisas, redes, linhas, anzóis e eu era um menino - não lembro a minha idade. Lembro que eu era (era?) um menino medroso.

Talvez você tenha me levado lá por isso. E eu agradeço hoje, aqui.



Saímos os dois, acho que era manhã já alta. O rio estava vazando, naquela época do ano em que se formam aquelas lagoas sangrando na sua margem. Passamos algumas fontes nas margens e subimos o rio - para mim, um alívio não ir pela água, apesar de saber nadar. Andamos e eu olhava para tudo, qualquer barulho ou rumor me assustava.

Aos poucos fui me acalmando, você falava (não lembro bem) e aos poucos aquilo tudo fazia um pouco de sentido e era bom.

E então, chegamos onde você queria. Você procurou e achou um remo. Procurou e achou uma vara de talo de Babaçu. Entramos na água. Você amarrou um lado da rede no talo e fincou de um lado da sangria. Abriu a rede e me chamou para segurar o outro lado com água até o ombro (vontade de colocar até o pescoço, mas seria mentira minha) e me disse, segura firme que eu vou ali.

E sumiu.

Com o remo.

Foi fazer o que eu imagino que seja chamado de 'bateção'. Bater na água do lado oposto para espantar os peixes para onde se quer pescar. No caso, na minha direção.

Foi assustador, e foi inesquecível.

Valeu Pai.