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quarta-feira, 21 de setembro de 2011
As times goes by
Enquanto o tempo passa. Eu vou ficando jovem e frustrado. Mas o tempo passa para todos e eu fico com a sensação de que para mim, ele passa mais devagar e mais dolorosamente.
Enquanto o tempo passar ao largo da minha vida, tudo será melhor, tudo será real. Enquanto o tempo passar. Quando ele parar eu vou envelhecer rápido e aí será minha vez de mandar na minha cabeça e no meu corpo. Ninguém vai me ver, ninguém vai conseguir. Enquanto o tempo passar.
Quando tudo isso acabar, o começo de tudo virá e não será um velhinho que vai parar o mundo.
terça-feira, 6 de setembro de 2011
De Costas para o Mundo: Retratos da Sérvia
Fazia um tempo que não lia um livro legal. Muita correria, viagens a Barra do Corda, implantação de ERP aqui na Quercegen, preguiça. Enfim, minhas leituras estavam resumindo-se a pegar alguma coisa na estante do quarto enquanto Ludmilla estuda, abrir em qualquer página e ler umas 20, 30 páginas. Quando o livro é de contos ou crônicas, vá lá, mas um romance...
O certo é que dei uma passada no quarto de Maria e sua estante repleta de Rosamunde Pilcher e Marian Keyes e um livro amarelo chamou minha atenção.
O certo é que dei uma passada no quarto de Maria e sua estante repleta de Rosamunde Pilcher e Marian Keyes e um livro amarelo chamou minha atenção.
A Asne Seierstad é uma jornalista norueguesa que atua como correspondente de guerra desde seus 24 anos (\o/). Seus trabalhos como correspondente de guerra renderam dois livros: O Livreiro de Cabul e 101 dias em Bagdá. Este último são relatos de antes, durante e depois da guerra. Também publicou De costas para o mundo. Depois deste último, a jornalista lançou Crianças de Grozni, que conta relatos sobre os impactos da guerra na vida das crianças em Grozni.
Na prática, apesar da vontade de ler o livro compulsivamente até o fim, tive que regular a leitura para minhas 2 horas noturnas. O livro é muito bem organizado e redigido, com momentos de melancolia e esperança, como eu imagino que sejam as guerras.
Sem falar que trata de uma das guerras mais negligenciadas pelos livros de história contemporânea - pelo menos durante minha época de aluno.
No fim das contas, recomendo bastante o livro e a autora, vale a pena mergulhar nas histórias dos personagens reais de De Costas para o Mundo.
quarta-feira, 6 de abril de 2011
Almoçando em Peritoró
Eu vou poder escrever um livro sobre almoçar em Peritoró. Já quase sou um expert.
O ônibus abre as portas e você não sabe o que o invade mais rápido: as moscas ou as 15 mulheres que estão na porta gritando:
- Vai almoçar?
Lógico que não vou. Num lugar onde as moscas conseguem transformar uma coxinha em quibe facilmente.
Lógico que vou. Saí de São Luís às 7 e meia e são 12 e meia – ninguém é de ferro e eu não sou fresco! – meu estômago não reclama ainda, mas sempre é bom prevenir.
Procuro alternativas, não vou comer nada que não tenha passado por pelo menos 121°C de temperatura – se bem que a temperatura ambiente é quase isso... – óbvio que não irei a nenhum SS (self-service escrito ‘serve-service’). Duas lanchonetes disputam os clientes menos dispostos a encarar o SS, uma decisão difícil de tomar, mas vou ficar com a que não vende perfume falsificado e bonecas de porcelana junto com a comida.
- Quero uma coxinha.
- De quê?
Eu não estava preparado para essa pergunta. Procuro na minha memória cache, vou até o HD e nada. Para mim, só existe 1 tipo de recheio para coxinha (por que é óbvio que aqui não há opções frango e franco com catupiry). Devolvo a pergunta:
- Tem de quê?
- De frango e de carne.
Ora, mas era óbvio. Claro que faz sentido ter uma coxinha com o mesmo recheio dos pasteis que estão espalhados pelo display. Que idiota que sou. Mas apesar da curiosidade, optei pela tradição:
- De frango.
- E pra beber?
Essa era fácil. Vocês acham que eu iria arriscar tomar algum suco de procedência indefinida (de onde viria aquela água?).
- Uma Pepsi (mentira, me desculpe Quercegen).
- Uma coca em lata.
Comi minha coxinha, pedi um pastel (de carne!) – que estava muito melhor que o da praça de alimentação do Rio Anil Shopping – e aproveitei a rapidez que só o fast food das rodoviárias nos permite. Fui dar uma olhada nos alrededores.
Sujeira, muita sujeira. Ambulantes vendendo os mais variados tipos de produtos: castanha de caju, água mineral (de procedência duvidosa), milho cozido (nessa água famosa), milho assado, DVDs e CDs piratas, suquinho (sacolé para quem não conhece – novamente a água) e as famosas pêtas (quem come aquilo?). Os transeuntes eram um povo meio apressado e indeciso, com o rosto angustiado típico de quem está em uma rodoviária do interior, o horário certamente contribuía para isso.
Vans, ônibus e carros pequenos disputavam os passageiros através de intermediários. Mais de uma vez fui retirado do meu disfarce (fones de ouvido e 1,85m de altura): - Está indo para onde?
- Barra do Corda.
Quando ouviam minha resposta, eles ficavam com pena e saiam de perto.
O ônibus abre as portas e você não sabe o que o invade mais rápido: as moscas ou as 15 mulheres que estão na porta gritando:
- Vai almoçar?
Lógico que não vou. Num lugar onde as moscas conseguem transformar uma coxinha em quibe facilmente.
Lógico que vou. Saí de São Luís às 7 e meia e são 12 e meia – ninguém é de ferro e eu não sou fresco! – meu estômago não reclama ainda, mas sempre é bom prevenir.
Procuro alternativas, não vou comer nada que não tenha passado por pelo menos 121°C de temperatura – se bem que a temperatura ambiente é quase isso... – óbvio que não irei a nenhum SS (self-service escrito ‘serve-service’). Duas lanchonetes disputam os clientes menos dispostos a encarar o SS, uma decisão difícil de tomar, mas vou ficar com a que não vende perfume falsificado e bonecas de porcelana junto com a comida.
- Quero uma coxinha.
- De quê?
Eu não estava preparado para essa pergunta. Procuro na minha memória cache, vou até o HD e nada. Para mim, só existe 1 tipo de recheio para coxinha (por que é óbvio que aqui não há opções frango e franco com catupiry). Devolvo a pergunta:
- Tem de quê?
- De frango e de carne.
Ora, mas era óbvio. Claro que faz sentido ter uma coxinha com o mesmo recheio dos pasteis que estão espalhados pelo display. Que idiota que sou. Mas apesar da curiosidade, optei pela tradição:
- De frango.
- E pra beber?
Essa era fácil. Vocês acham que eu iria arriscar tomar algum suco de procedência indefinida (de onde viria aquela água?).
- Uma Pepsi (mentira, me desculpe Quercegen).
- Uma coca em lata.
Comi minha coxinha, pedi um pastel (de carne!) – que estava muito melhor que o da praça de alimentação do Rio Anil Shopping – e aproveitei a rapidez que só o fast food das rodoviárias nos permite. Fui dar uma olhada nos alrededores.
Sujeira, muita sujeira. Ambulantes vendendo os mais variados tipos de produtos: castanha de caju, água mineral (de procedência duvidosa), milho cozido (nessa água famosa), milho assado, DVDs e CDs piratas, suquinho (sacolé para quem não conhece – novamente a água) e as famosas pêtas (quem come aquilo?). Os transeuntes eram um povo meio apressado e indeciso, com o rosto angustiado típico de quem está em uma rodoviária do interior, o horário certamente contribuía para isso.
Vans, ônibus e carros pequenos disputavam os passageiros através de intermediários. Mais de uma vez fui retirado do meu disfarce (fones de ouvido e 1,85m de altura): - Está indo para onde?
- Barra do Corda.
Quando ouviam minha resposta, eles ficavam com pena e saiam de perto.
quinta-feira, 24 de junho de 2010
Olinda e a surpresa do Restaurante.
Organizamos uma viagem para um Congresso (acho que era o Congresso Pernambucano de Farmacêuticos de 2004 - ?), eu era do DAFAR na época e levamos 2 ônibus para o Albergue da Juventude de Olinda. Stress, tensão, tudo e mais um pouco.
No penúltimo (último) dia, o roteiro era Porto de Galinhas, eu já estava liso (óbvio) e alguns amigos estavam cansados (ou lisos também!). Ficamos no Albergue (jogando Uno).
Na hora do almoço procuramos algum lugar perto de onde estávamos e fomos a um restaurante bem bonitinho (quando eu chegar em casa e olhar a minha geladeira posto o nome). Comemos Bife à Parmigiana...muito bom, por sinal.
No final do almoço e após termos feito amizade com o garçon, ele chega e solta:
- Vocês são turistas? Do Maranhão! Tenho um BRINDE ESPECIAL para vocês!!!
E saiu para dentro do escritório, cozinha, sei lá...
Nossos olhos brilharam! Afinal, a sorte nos sorriu - LISOS - o que imaginamos?
- DESCONTO, PRESENTES, VALE-REFEIÇÃO (humm, jantar vai ser legal!).
Nisso, volta o garçon:
- Tá aqui, ó.
- Imãs de geladeira...¬ ¬°...Legal...
Será que ele imaginou que iríamos ligar de São Luís pedindo uma entrega expressa de Bife á Parmigiana???
FDP!
Mas o imã tá lá...colado na geladeira para lembrar dessas coisas da vida (VDM, diria um outro Blog).
quarta-feira, 23 de junho de 2010
It's my aeroplane
Daqui a pouco estarei entrando num avião (bem, bem menor que este da foto) para Barra do Corda.
Calma, não é nada definitivo - apenas uma visita do dono da empresa e de um consultor - mas mesmo assim a simples menção das palavras 'viagem' e 'Barra do Corda' juntas já me deixa estressado.
Eu teria muito a falar sobre essa viagem e sobre esse avião, infelizmente não posso.
Vamos torcer para não termos turbulência - detalhe: meu chefe é metido a piloto.
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