terça-feira, 27 de julho de 2010

A febre da batalha


E Kjartan permanecia vivo. Trinta e quatro homens continuavam com ele e sabiam que estavam mortos, e estavam preprados para morrer como dinamarqueses, mas então Ragnar foi em sua direção, com as asas de águia do elmo quebradas e molhadas. Apontou silenciosamente a espada para Kjartan, que assentiu e saiu da parede de escudos. (...)

- Eu matei seu pai - disse Kjartan a Ragnar com um riso de desprezo - e vou matar você.

Ragnar ficou quieto. Os dois estavam separados por seis passos, avaliando-se.

- Sua irmã foi uma boa puta antes de enlouquecer. - Kjartan saltou adiante, com o escudo erguido, e Ragnar ficou de lado para deixá-lo passar. Kjartan previu o movimento e girou a espada baixa para para cortar os tornozelos de Ragnar, mas Ragnar havia recuado. Os dois se olharam de novo. - Ela era uma boa puta mesmo depois de enlouquecer - só que tínhamos que amarrá-la para impedir que lutasse. Para ficar mais fácil, sabe?

Ragnar atacou. Escudo alto, espada baixa, os dois escudos se chocaram e a espada de Kjartan aparou uma estocada por baixo. Os dois arfaram, tentando derrubar um ao outro, e então Ragnar recuou de novo. Havia descoberto que Kjartan era rápido e hábil. (...)

- Eu matei seu pai - alardeou Kjartan, e sua espada arrancou uma lasca de madeira do escudo de Ragnar. - Queimei sua mãe. - Outro golpe ressou na bossa do escudo. - E usei sua irmã como puta - disse ele, e o próximo golpe de espada fez Ragnar recuar dois passos. - E vou mijar no seu corpo estripado - gritou Kjartan, revertendo o giro da espada. Em seguida fez com que ela viesse baixa de novo contra os tornozelos de Ragnar. Desta vez acertou e Ragnar cambaleou. Sua mão mutilada havia abaixado instintivamente o escudo e Kjartan levantou seu próprio escudo sobre o topo, para derrubar o inimigo. Ragnar, que não tinha dito nada durante toda a luta, gritou subitamente. Por um instante pensei que era o grito de um condenado, ma era de fúria. (...) E de repente era todo raiva e movimento; era como se tivesse acordado. (...) E Kjartan, que pensava ter encontrado a medida do inimigo, ficou subitamente desesperado. Não tinha mais fôlego para insultos, apenas para se defender, e Ragnar era todo ferocidade e rapidez. Golpeou Kjartan, fez com que ele se virasse, golpeou de novo, estocou, retorceu-se para longe, fintou baixo, usou o escudo para afastar a espada do outro e varreu com a sua, Quebra-coração, acertando o elmo de Kjartan. Amassou o ferro, mas não o rompeu. (...) Seu próximo golpe despedaçou uma das tábuas de tília do escudo de Kjartan, o seguinte arrancou a borda do escudo, partindo o aro de ferro. Kjartan recuou, e Ragnar estava berrando, um som tão horrível que os cães ao redor de thyra começaram a ganir imitando.

Mais de duzentos homens olhavam. Todos sabíamos o que aconteceria agora porque a febre da batalha havia dominado Ragnar. Era a fúria de um guerreiro dinamarquês. (...) Ragnar passou por cima dos movimentos frenéticos da espada pesada do inimigo e golpeou forte com Quebra-coração. O golpe rompeu a manga de malha de Kjartan e cortou os tendões do braço da espada. Kjartan tentou se levantar, mas Ragnar chutou seu rosto, depois baixou o calcanhar com força sobre a garganta de Kjartan. Kjartan sufocou. Ragnar deu um passo atrás e deixou que o sofrido escudo deslizasse do braço esquerdo. (...)

Foi uma morte lenta, mas Kjartan não gritou nem uma vez. (...) Ragnar deixou Quebra-coração ali e recuou enquanto Kjartan se retorcia nas dores da morte. Foi então que Ragnar olhou para a chuva no alto, sua espada abandonada balançando-se, prendendo o inimigo no chão, e gritou para as nuvens: - Pai! Pai! - dizia a Ragnar, o velho, que seu assassino estava vingado.
Os Senhores do Norte (Crônicas Saxônicas - Livro III) - Bernard Cornwell

terça-feira, 20 de julho de 2010

جمهوری اسلامی افغانستان


O Afeganistão (oficialmente, República Islâmica do Afeganistão, د افغانستان اسلامي جمهوریت em pachto, جمهوری اسلامی افغانستان em persa) é um país sem saída para o mar no centro da Ásia. É comumente designado como um país da Ásia central, da Ásia meridional e do Oriente Médio. Possui vínculos religiosos, etno-lingüísticos e geográficos com a maioria dos países vizinhos. Limita com o Paquistão ao sul e ao leste, com o Irão a oeste, com o Turcomenistão, o Uzbequistão e o Tadjiquistão ao norte, e com a China a nordeste. O nome do país significa "terra dos afegãos".

O país é um cadinho cultural entre o Ocidente e o Oriente e tem sido um antigo ponto focal para o comércio e a migração. Sua localização é estratégica, ao ligar o sul, o centro e o sudoeste da Ásia. Ao longo de sua história, o país assistiu a diversos invasores e conquistadores, embora em outras ocasiões reinos locais tenham invadido as regiões vizinhas. O Império Durrani, fundado por Ahmad Shah Durrani em 1747, tinha por capital a cidade de Kandahar; posteriormente, a capital foi transferida para Cabul e a maior parte do seu território foi cedida a países vizinhos. No final do século XIX, o Afeganistão tornou-se um Estado-tampão envolvido no "Grande Jogo" entre o Império Britânico e o Império Russo. Em 19 de Agosto de 1919, após a terceira Guerra Anglo-Afegã, o país recuperou a sua independência plena do Reino Unido.

fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Afeganist%C3%A3o

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Uma canção para Ludmilla

Se com seu sorriso eu acordo
Feliz sou sempre
Os medos são tênues sombras
Feliz de mim
Se com seu sorriso eu acordo
As angústias meras marcas
Um passado distante
Feliz, ora!
Se com seu sorriso eu acordo

quinta-feira, 15 de julho de 2010

O júbilo da espada


O júbilo! O júbilo da espada. Eu estava dançando de júbilo, a alegria fervilhando dentro de mim, o júbilo da batalha do qual Ragnar falava com tanta frequência, o júbilo do guerreiro. Se um homem não o conheceu, não é homem. Aquela não era uma batalha, não era uma carnificina propriamente dita, apenas uma matança de ladrões, mas foi minha primeira luta e os deuses tinham se movido dentro de mim, tinham dado velocidade ao meu braço e força ao escudo, e quando terminou, quando dancei no sangue dos mortos, soube que era bom. Soube que era mais do que bom. naquele momento poderia ter conquistado o mundo e meu único lamento era porque Ragnar não pôde ver, mas achei que ele poderia estar me olhando do Valhalla. Levantei Bafo de Serpente para as nuvens e gritei o nome dele. Já vi outros jovens saírem da primeira luta com o mesmo júbilo e os enterrei depois da batalha seguinte. Os jovens são idiotas, e eu era jovem. Ma era bom.

O Último Reino (Crônicas Saxônicas - Livro I) - Bernard Cornwell

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Ócio

Depois de dar um tempo, o ócio total voltou a dar as caras aqui na empresa. Preciso de idéias para ocupar 8 horas de frente para o computador.

Preciso de idéias para ter um ócio criativo.