quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
Casca de Laranja ou Diálogo de relativa grandeza
Chega a ambulância no SAMU de Barra do Corda e desce um senhor com a mão no abdômen, logo vem uma enfermeira fazer a triagem e estranha que ele esteja em pé, apesar da careta de dor:
- O que o senhor tem?
- Minha barriga está doendo muito, aquela panelada do almoço está me matando...
- Senhor, aqui a gente só está atendendo 'fato no chão' e 'buraco de bala'...
E lá se foi ele para o Hotel Pacheco tomar chá de casca de laranja.
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sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
Intergagos 2012
- Eeeee aaaaí, qqq
que cacacarro é esse aí?
- É uuuuma Ma-ma-ma...
...Fe-fe-fe...
...Me-me-me...
...Lo-lo-lo...
- Vamos pra casa?
- Vamos, i-i-is-so aqui é mu-mu-muito rápido!
Iiiiiiiuuuuuóimmmmm-pó-pó-pó.... |
que cacacarro é esse aí?
- É uuuuma Ma-ma-ma...
Iiiiiuóimmmmm pó-pó-pó... |
Iiiiiiuóimmmmmm.... |
Iiiiiiuóimmmmmmm..... |
- Vamos pra casa?
- Vamos, i-i-is-so aqui é mu-mu-muito rápido!
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Tomás, o fazendeiro (parte 3)
O que era pior naquela fazenda, era que ninguém conversava com ninguém de outro setor. O pessoal do milho não conversava com o pessoal do curral, o pessoal do curral não conversava com o pessoal da administração e isso gerava inúmeros problemas.
Na ânsia de resolver tudo de uma maneira fácil, Tomás elegeu o chefe da administração como administrador da fazenda. E para relaxar um pouco, depois de alguns dias naquela loucura, Tomás viajou para as praias do Nordeste.
O primeiro ato do administrador à frente da fazenda foi de se mudar da fazenda para a cidade mais próxima, sob a alegação de que precisava de infraestrutura para desenvolver as atividades com mais rapidez e eficiência.
Isso não iria acabar bem.
Na ânsia de resolver tudo de uma maneira fácil, Tomás elegeu o chefe da administração como administrador da fazenda. E para relaxar um pouco, depois de alguns dias naquela loucura, Tomás viajou para as praias do Nordeste.
O primeiro ato do administrador à frente da fazenda foi de se mudar da fazenda para a cidade mais próxima, sob a alegação de que precisava de infraestrutura para desenvolver as atividades com mais rapidez e eficiência.
Isso não iria acabar bem.
quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
Tomás, o fazendeiro (parte 2)
E após fazer muita festa com os funcionários e amigos, Tomás foi entender como a fazenda funcionava.
O principal produto era o gado. Mas não parecia, por que a plantação de milho era linda - o cartão postal da fazenda - e o curral, todo velho, caindo aos pedaços.
Para fazer tudo dar certo, ele tinha no controle de tudo um vaqueiro, um técnico agrícola e um administrador. Cada um com uma função:
- O vaqueiro cuidava do curral com a ajuda de 8 encarregados;
- O técnico agrícola cuidava da plantação de milho com a ajuda de 6 assistentes;
- O administrador cuidava das coisas necessárias para o funcionamento do curral e da plantação - principalmente a oficina e o refeitório;
Mas nada que se imaginava como paz, fazia parte da vida daquela fazenda.
O principal produto era o gado. Mas não parecia, por que a plantação de milho era linda - o cartão postal da fazenda - e o curral, todo velho, caindo aos pedaços.
Para fazer tudo dar certo, ele tinha no controle de tudo um vaqueiro, um técnico agrícola e um administrador. Cada um com uma função:
- O vaqueiro cuidava do curral com a ajuda de 8 encarregados;
- O técnico agrícola cuidava da plantação de milho com a ajuda de 6 assistentes;
- O administrador cuidava das coisas necessárias para o funcionamento do curral e da plantação - principalmente a oficina e o refeitório;
Mas nada que se imaginava como paz, fazia parte da vida daquela fazenda.
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
Tomás, o fazendeiro
Era uma vez um rico investidor chamado Tomás. Tomás um dia acordou e teve vontade de criar gado. E saiu pelo mundo atrás de uma fazenda que atendesse todos os seus sonhos.
Rodou, rodou e rodou pelos mais diversos recantos. Visitou fazendas na Austrália, na Índia, Na África do Sul, na Argentina, mas se encantou com uma linda fazenda que visitou no Brasil.
A fazenda brasileira era uma fazenda de gado de corte e produzia a ração que usava através de uma linha completa que começava desde a plantação de milho e soja. Era o sonho de Tomás se tornando realidade.
Tomás comprou a fazenda, uma pechincha! Uma pechincha! Ele sequer quis saber que trabalhava lá, manteve todos os contratados e apenas disse: trabalhem para mim, como trabalhavam para os antigos proprietários e serão felizes e bem recompensados.
E assim começou a história de Tomás, o fazendeiro.
Rodou, rodou e rodou pelos mais diversos recantos. Visitou fazendas na Austrália, na Índia, Na África do Sul, na Argentina, mas se encantou com uma linda fazenda que visitou no Brasil.
A fazenda brasileira era uma fazenda de gado de corte e produzia a ração que usava através de uma linha completa que começava desde a plantação de milho e soja. Era o sonho de Tomás se tornando realidade.
Tomás comprou a fazenda, uma pechincha! Uma pechincha! Ele sequer quis saber que trabalhava lá, manteve todos os contratados e apenas disse: trabalhem para mim, como trabalhavam para os antigos proprietários e serão felizes e bem recompensados.
E assim começou a história de Tomás, o fazendeiro.
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
Canteiros
Canteiros
Quando penso em você
Fecho os olhos de saudade
Tenho tido muita coisa
Menos a felicidade
Fecho os olhos de saudade
Tenho tido muita coisa
Menos a felicidade
Correm os meus dedos longos
Em versos tristes que invento
Nem aquilo a que me entrego
Já me dá contentamento
Em versos tristes que invento
Nem aquilo a que me entrego
Já me dá contentamento
Pode ser até manhã
Sendo claro, feito o dia
Mas nada do que me dizem me faz sentir alegria
Sendo claro, feito o dia
Mas nada do que me dizem me faz sentir alegria
Eu só queria ter do mato
Um gosto de framboesa
Pra correr entre os canteiros
E esconder minha tristeza
E eu ainda sou bem moço pra tanta tristeza ...
E deixemos de coisa, cuidemos da vida
Pois se não chega a morte
Ou coisa parecida
E nos arrasta moço
Sem ter visto a vida
Um gosto de framboesa
Pra correr entre os canteiros
E esconder minha tristeza
E eu ainda sou bem moço pra tanta tristeza ...
E deixemos de coisa, cuidemos da vida
Pois se não chega a morte
Ou coisa parecida
E nos arrasta moço
Sem ter visto a vida
É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um caco de vidro, é a vida, é o sol
É a noite, é a morte, é um laço, é o anzol
São as águas de março fechando o verão
É promessa de vida em nosso coração.
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um caco de vidro, é a vida, é o sol
É a noite, é a morte, é um laço, é o anzol
São as águas de março fechando o verão
É promessa de vida em nosso coração.
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Poesia,
Raimundo Fágner
Marcha
As ordens da madrugada
romperam por sobre os montes:
nosso caminho se alarga
sem campos verdes nem fontes.
Apenas o sol redondo
e alguma esmola de vento
quebram as formas do sono
com a idéia do movimento.
romperam por sobre os montes:
nosso caminho se alarga
sem campos verdes nem fontes.
Apenas o sol redondo
e alguma esmola de vento
quebram as formas do sono
com a idéia do movimento.
Vamos a passo e de longe;
entre nós dois anda o mundo,
com alguns mortos pelo fundo.
As aves trazem mentiras
de países sem sofrimento.
Por mais que alargue as pupilas,
mais minha dúvida aumento.
entre nós dois anda o mundo,
com alguns mortos pelo fundo.
As aves trazem mentiras
de países sem sofrimento.
Por mais que alargue as pupilas,
mais minha dúvida aumento.
Também não pretendo nada
senão ir andando à toa,
como um número que se arma
e em seguida se esboroa,
- e cair no mesmo poço
de inércia e de esquecimento,
onde o fim do tempo soma
pedras, águas, pensamento.
senão ir andando à toa,
como um número que se arma
e em seguida se esboroa,
- e cair no mesmo poço
de inércia e de esquecimento,
onde o fim do tempo soma
pedras, águas, pensamento.
Gosto da minha palavra
pelo sabor que lhe deste:
mesmo quando é linda, amarga
como qualquer fruto agreste.
Mesmo assim amarga, é tudo
que tenho, entre o sol e o vento:
meu vestido, minha música,
meu sonho e meu alimento.
pelo sabor que lhe deste:
mesmo quando é linda, amarga
como qualquer fruto agreste.
Mesmo assim amarga, é tudo
que tenho, entre o sol e o vento:
meu vestido, minha música,
meu sonho e meu alimento.
Quando penso no teu rosto,
fecho os olhos de saudade;
tenho visto muita coisa,
menos a felicidade.
Soltam-se os meus dedos ristes,
dos sonhos claros que invento.
Nem aquilo que imagino
já me dá contentamento.
fecho os olhos de saudade;
tenho visto muita coisa,
menos a felicidade.
Soltam-se os meus dedos ristes,
dos sonhos claros que invento.
Nem aquilo que imagino
já me dá contentamento.
Como tudo sempre acaba,
oxalá seja bem cedo!
A esperança que falava
tem lábios brancos de medo.
O horizonte corta a vida
isento de tudo, isento…
Não há lágrima nem grito:
apenas consentimento.
oxalá seja bem cedo!
A esperança que falava
tem lábios brancos de medo.
O horizonte corta a vida
isento de tudo, isento…
Não há lágrima nem grito:
apenas consentimento.
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